'Psiquiatra para sempre …’ é uma coleção de três histórias com a mesma protagonista, Mary, psiquiatra e escritora. Ela está a tentar desenvolver a sua carreira literária, mas as circunstâncias e os amigos conspiram para continuar a arrastá-la de volta à psiquiatria.

Em "Carne para Canhão", Phil, um advogado e amigo de Mary, pede-lhe que forneça um relatório sobre um cliente, um jovem afro-americano chamado Cain White. Cain é um homem muito religioso e foi acusado de incitar um tumulto numa reunião religiosa. Ele diz que consegue ouvir a voz de Deus. Insiste que Deus é negro e parece ter uma mensagem nacionalista negra. Estará Cain louco, enganado, à procura de atenção da comunicação social ou é um santo? Para encontrar resposta a estas perguntas, Mary fala com a família dele e amigos. Embora conclua que ele é são, a investigação de Mary descobre algumas revelações muito prejudiciais sobre a sua vida familiar, crenças e atitudes locais. Quem é santo e quem é pecador é uma questão para debate. Quanto mais Mary se envolve na vida de Cain e daqueles que lhe são próximos, mais percebe quão perigosos os segredos são. Como bombas-relógio prontas a rebentar a qualquer minuto.

‘Trabalho de equipa’: o capitão Tom McLeod, do Departamento de Polícia de São Francisco, convida Mary para uma refeição em casa com a sua esposa. Quando ela conhece o seu outro convidado, um jovem detetive chamado Justin, rapidamente percebe que há uma intenção subjacente àquela refeição amigável. O parceiro de Justin, seu mentor e figura paterna, o sargento David Leaman, foi morto alguns meses antes durante uma investigação de rotina. Justin testemunhou o evento, mas insiste em voltar ao trabalho e recusar qualquer terapia ou aconselhamento. Tom e outros colegas da esquadra estão preocupados com o seu estado mental, mas não conseguem convencê-lo a aceitar ajuda profissional. Tanto Mary como Justin relutam em deixar-se envolver na emboscada / consulta informal organizada, mas acabam por decidir tentar. À primeira vista, parece ser um caso direto de luto não resolvido, mas as coisas não são tão simples como parecem e Mary acaba por se envolver muito pessoalmente no caso, em detrimento da sua objetividade profissional.

Em 'Memória', Mary sai do seu apartamento depois de um encontro difícil com o seu amigo Phil e desaparece. Quando é encontrada, parece que foi atingida na cabeça, sequestrada, violada e está a sofrer de amnésia. Ela nunca recupera a memória do ataque e acha difícil ficar em paz com algo de que não se consegue lembrar. As pistas apontam para um assassino em série que não conseguiu terminar o seu trabalho no caso dela. Mas algumas coisas não se encaixam. Quem perturbou o assassino? Por que foi ela deixada lá? O crime e a investigação em torno dele têm um impacto profundo em Mary, que decide que precisa reconsiderar a sua vida e começar de novo. O epílogo revisita Mary no momento do julgamento do seu raptor e vê as mudanças que ocorreram na sua vida. Conseguirá finalmente fugir da psiquiatria? Embora essas histórias sejam fictícias, a autora, uma psiquiatra forense, traz a sua perícia e percepção para os contos, elevando-os acima de um crime convencional.

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